Nesses 144 anos de existência, o Corpo de Bombeiros de São Paulo já atendeu várias ocorrências e sempre priorizando a vida alheia.
Logo após um incêndio ter destruído a biblioteca da
Faculdade de Direito e o arquivo do Convento de São Francisco na região central de São Paulo, em 15 de fevereiro de 1880, no dia seguinte o deputado
Ferreira Braga destacou em seu discurso a indignação de como São Paulo, uma
cidade tão importante, rica e com grande número de habitantes, não possuir um
Corpo de Bombeiros, então propôs a criação de uma Seção de Bombeiros.
O serviço de extinção de incêndios e socorro de
pessoas era executado como atividade secundária dos corpos policiais da época
até que, em 10 de março de 1880, a Assembleia Legislativa provincial
estabeleceu a "Lei Nº 6, de 10 de março
de 1880” que foi sancionada pelo presidente da província de São Paulo
autorizando o governo a organizar uma seção de bombeiros, anexa à Companhia de
Urbanos da capital, e a fazer a aquisição de maquinários próprios para o
cumprimento da missão de extinção de incêndios.
A aprovação desta lei representou a primeira vez que
um efetivo foi designado para dedicar-se exclusivamente ao serviço de bombeiros
no Estado de São Paulo, foi sancionada e publicada no dia 10 de março de 1880, data que determinou a criação Oficial do atual Corpo de Bombeiros da
Polícia Militar do Estado de São Paulo.
A Seção foi criada, inicialmente composta
de 20 homens ocupando uma parte do prédio onde funcionava a Estação Central da
Companhia de Urbanos, na Rua do Quartel (hoje Rua 11 de Agosto), sendo
requisitado o material necessário para sua formação, e no dia 24 de julho de
1880, assumiu o comando o Tenente José Severino Dias, o primeiro comandante do Corpo
de Bombeiros, iniciando imediatamente os trabalhos de organização dos serviços
de combate a incêndios.
Hoje, o que era uma pequena Seção, se tornou uma
instituição respeitada e admirada por todos, ao longo desses 144 anos de
existência foram muitas as dificuldades, e para chegar até aqui essa heroica
escalada contou com a coragem e a dedicação de bravos bombeiros, de todas as
patentes e graduações, que realizaram seu trabalho com afinco e amor à causa,
com a missão de "Proteger a vida, o meio ambiente e o patrimônio” além de
trazer tranquilidade e segurança para a população que tem como heróis esses
incansáveis homens e mulheres que não medem esforços para proteger a sociedade
em diversas situações.
Nesses 144 anos de história, o Corpo de Bombeiros de
São Paulo já atendeu várias ocorrências e sempre priorizando a vida alheia, em
São Paulo na década de 70 aconteceram os dois maiores incêndios, em 24 de
fevereiro de 1972, no edifício Andraus, deixando um total de 330 feridos e 16
mortos, já no dia 01 de fevereiro de 1974 no edifício Joelma, o incêndio causado
por um curto-circuito provocou a morte de 187 pessoas e deixou aproximadamente 300
feridos.
Voltando à metade do Século XIX a capital paulista
era completamente diferente desta cidade que estamos acostumados a ver hoje em
dia, pequena e com poucos habitantes, era natural que as ocorrências de
sinistros como incêndios eram raros.
Um dos mais antigos relatos de incêndio em São Paulo
é do ano de 1850, ocorrido em uma residência da então Rua do Rosário,
atualmente conhecida como Rua 15 de Novembro, naquele tempo não existiam ainda
leis e nem mesmo um corpo de bombeiros definido, e para apagar o fogo era
organizada de uma maneira simples, mas razoavelmente eficaz com homens,
mulheres e crianças ficando em fila até o poço mais próximo do sinistro onde
retirava a água, e assim eram passados os baldes de mão em mão até o local em
chamas.
O incêndio mencionado acima serviu para que fossem aprovadas
as primeiras normas relativas ao combate de incêndio no ano de 1851.
Com o surgimento de novas ocorrências, foi adotado
um novo sistema de sinais de incêndio baseados nos sinos das igrejas, eram
toques, rebates e repiques em código que alertavam munícipes e autoridades das
ocorrências de fogo nas proximidades. Além disso, a norma determinava que
durante a noite os carroceiros deveriam manter as pipas cheias d’água para não
se perder tempo de enchê-las em caso de ocorrência, e os donos de poços também
eram obrigados por lei a liberar o acesso para captação da água caso fosse
necessário.
Atualmente quando ocorre um incêndio o combate é
rápido e eficiente, basta você pegar um telefone e discar 193 que as
providências serão tomadas o mais rápido possível, hoje o Corpo de
Bombeiros da PMESP está bem estruturado, contando com equipamentos modernos e
viaturas sofisticadas e o mais importante são os homens e mulheres treinados
pela maior escola da América Latina a ESB Escola Superior de Bombeiros,
localizada na cidade de Franco da Rocha no Estado de São Paulo.
Parabéns aos heróis que vão além de suas forças e tem por objetivo Salvar Vidas!
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